Acabo de assistir a Capitão Fantástico , um filme interessantíssimo que, como todas as histórias que exploram a vida nos limites da sociedade urbana, me deu o que pensar. Pouco depois, conversei com alguém que, um pouco como eu há muitos anos, tomou contato com o meio corporativo-glamouroso por meio de um estágio. Ouvindo as descrições sobre o ambiente jet set, de coquetéis, meios ilimitados e mimos do escritório, lembrei-me de como o breve contato com advogados de renome, causas de valores altos e contratos importantes me provocaram certa empolgação quando universitário. No meu caso, porém, o efeito logo se esvaiu, e o comportamento das pessoas que se identificam de verdade com tudo aquilo se tornou ridículo aos meus olhos. Assim como essa colega, eu poderia ter explorado a senda do profissional do futuro, me mudado para São Paulo para trabalhar cada vez mais horas e vestir roupas cada vez mais sofisticadas. Passar cada vez menos tempo fora da firma e receber fortunas cada vez...
(textos esparsos de R. Coelho)