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Mostrando postagens de novembro, 2022

Bashung

Foi em 2008 que Alain Bashung entrou em minha vida, um pouco antes de encerrar a sua. Provavelmente conheci o nome por meio de sua interpretação de Tango funèbre do Jacques Brel (de letra brilhante, aliás) e fiquei intrigado pela voz sombria e pela execução taciturna. Daí não demorei a esbarrar em La nuit je mens e não deixei mais de escutá-lo regularmente. O nome nos antigos arquivos de MP3 inevitavelmente me remetia a Matsuo Bashō . Mais tarde, eu descobriria que se tratava também de um poeta, porém que não escrevia sobre a neve, a relva seca nem rãzinhas, mas frequentemente sobre relacionamentos convolutos e noites espiraladas. tsuki hana mo / nakute sake nomu / hitori kana | Que lua, que flor / nada, bebo umas doses / aqui sozinho (1689) Bastaria o título La nuit je mens (A noite eu levo) para me fascinar, mas há muitas razões para gostar dessa faixa cheia de acertos. Já na primeira estrofe, a nostalgia de um romance que começava na estação balneária é concluída com o verso ...