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Mostrando postagens de fevereiro, 2023

40: colonialismo e cosmopolitismo

Em 2013, o Deezer entrou discretamente no mercado nacional e eu não demorei a experimentá-lo. A proeza técnica de colocar todo aquele acervo online à nossa disposição me impressionou mais do que as recomendações musicais. Ou talvez eu não tenha pego o espírito da coisa logo de início: eu procurava faixas que já conhecia para “ver se eles têm tudo mesmo”. Um pouco depois, chegou o Spotify, mais famoso e com lançamento mais badalado, e eu tentei de novo, com mais atenção. Nos primeiros dias, porém, o serviço parecia pouco inspirado: boa parte das sugestões era de música portuguesa. A experiência me apresentou pérolas como Trêsporcento, Doismileoito e B Fachada, mas deu a entender que "língua portuguesa" seria àquela altura a única variável sobre o Brasil com que haviam alimentado os algoritmos. Quase dez anos de abastecer o site com segredos, caprichos e obsessões de melômano, porém, culminaram numa edição de "Descobertas da Semana" surpreendente, se não perfeita para...