Foi provavelmente em 2006, quando ainda assistíamos a filmes em DVD, que descobri, improvável e escondido numa locadora de interior, “Um homem e uma mulher”, do Claude Lelouch. A fotografia monocromática, o ritmo contemplativo, as paragens ventosas, a beleza intrigante da Anouk Aimée e a exuberância da bossa nova em seu pico, traduzida em francês, conspiraram para uma pequena obsessão pelo premiadíssimo filme de 40 anos antes. 💕 Eu era recém-formado e não sabia de que maneira trágica aquele filme poderia estar relacionado a um grupo que eu ouvia quando calouro, Noir Désir, responsável pelo inspirado “Des visages, des figures”, lançado em 2001. Provavelmente ainda me lembrava porém de que, sedento por mais material do grupo, tinha escrutinado os discos anteriores, em especial “Tostaky”, de 93, e “666667 Club”, de 96. E de que, estranhando o silêncio da banda depois do marcante Des visages… pesquisei notícias até saber do episódio que praticamente encerrou a sua trajetória. 😎 Não foi n...
(textos esparsos de R. Coelho)