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Mostrando postagens de setembro, 2019

Entrevista com Steve Jobs

Quem não viu está perdendo "Piratas do Vale do Silício" , um filme de 99 sobre a disputa pelo mercado de computadores domésticos (não chegavam a ser bem "pessoais" ainda). Tem boas histórias e diverte. De tom mais jornalístico, o documentário "O Triunfo dos Nerds: a ascensão de impérios acidentais" , do Bob Cringely, também é interessantíssimo, e em certa medida detalha os eventos do outro filme, trazendo entrevistas com a maioria dos envolvidos. Foi produzido para a televisão em 1996, bem próximo dos fatos. A "corrida" do desktop foi um tema que me interessou bastante durante anos, então, além desses filmes, li e assisti a bastante material adicional, inclusive às fantásticas apresentações sobre o computador Alto e seu sistema Star, da Xerox. No frigir dos ovos, saí com a impressão de que Steve Jobs era brilhante, porém implacável e até traiçoeiro com seus colaboradores. Oscilei entre a sua presciência do protagonismo que os PCs teriam na ...

Pour la peau

Em Pour la peau , duas pessoas que trabalham em empresas distintas, porém no mesmo prédio, encontram-se por acaso numa festa nas dependências do edifício. Sem trocar muitas palavras, vão a um banheiro e começam uma rotina de encontros silenciosos, simples na logística e sofisticados na exploração do sexo. São casados, mas não entre si. É convincente que a ausência de rituais de corte e sedução os empurre para um arrebatamento continuado de desfrute físico desassociado de expectativas e maquinações românticas. Nesse espaço, as possibilidades e as sensações cruas do sexo dominam os pensamentos de ambos os protagonistas de modo parecido ao abuso de substâncias entorpecentes. Mathilde se torna "um verdadeiro vício" O álbum delineia bem a obsessão erótica como uma enfermidade. E dá o que pensar: se uma febre ou depressão deformam a perspectiva do paciente num sentido, de modo que o pior trabalho, uma fila de hospital, uma missa, qualquer coisa seria preferíveis àquele p...

Reconhecimento a Frank Black

História Pessoal “Frank Black” é um dos pseudônimos de Charles Michael Kittridge Thompson IV, um (quase?) antropólogo americano nascido em Boston na década de 1960. Buscas na rede, a Wikipédia e outras fontes vão naturalmente destacar a sua ocupação de músico e compositor em detrimento da formação científica. Porque Frank foi compositor e vocalista de quase todas as faixas marcantes dos Pixies, um dos grupos mais influentes da década de 1990. Assim como dizem do Velvet Underground (grupo dos lendários Lou Reed e Andy Warhol), os Pixies não foram ouvidos por muitos mas quase todos os que os ouviram formaram suas próprias bandas. Estou entre os poucos que ouviram Pixies e não tentaram tocar em banda nenhuma. Nunca toquei nem cantei, aliás, mas fui daqueles adolescentes que sentiram o movimento das partículas subatômicas da carcacinha púbere se sincronizar com o som de discos reveladores, alucinógenos, “definitivos” etc. Alguns deles eram dos Pixies, grupo obscuro até entre aqueles que en...