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Mostrando postagens de abril, 2020

Osman Lins e a Guerra sem testemunhas

Osman Lins é um dos grandes artistas desconhecidos do Brasil. É de se lamentar, embora seja explicável, que o autor de Avalovara (jamais editado digitalmente) seja tão pouco lido.

Introdução à arte

Repassando minha pasta de escritos, encontrei, em "traduções", a introdução ao primeiro volume de "História da Arte" , dedicado à arte antiga, de Élie Faure. Trata-se de uma tripla façanha: um homem, que também é um artista, consegue dar um passo atrás e explicar, nos termos mais evidentes possíveis, o que é o fenômeno da arte, e por consequência descrever um aspecto fundamental da condição do Homem, indissociável dela. É o mais próximo que se conseguiria chegar de explicar, a alguém teoricamente desprovido de qualquer emoção, a experiência estética, o ímpeto teimoso da expressão e a capacidade de tudo sintetizar do produto artístico  Obrigado, Dr. Faure.

Prends soin de toi

Não é raro passar por três, cinco ou dez livros ou álbuns de BD sem experimentar nada de muito especial, ainda que todos sejam obras interessantes em bem executadas. E acontece de, nesses períodos sem descobertas, duvidar de que a "mágica" vá acontecer de novo. O ciclo de tentativa, erro, dúvida, perseverança e prêmio é, aliás, um padrão que se observa em muitas empresas da vida. Vinha de uma dessas sequências de leituras não muito inspiradoras quando resolvi abrir Prends soin de toi , um romance gráfico de autor único que começa quando Achille, após acordar de um pesadelo pavoroso e tomar um comprimido, conclui a compra de um pequeno apartamento financiado em Paris. Planeja reformá-lo sozinho nos fins de semana e nas férias iminentes, até poder se mudar. Entre demolições, raspagens de piso e arrancamentos de papéis de parede, porém, vemos que Achille está incomodado por mais do que sonhos intranquilos. Entre o cuidado com um grampo de cabelo da antiga propriet...